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Moçambique: Negócios da Elite do Regime à Margem de Conflito em Cabo Delgado
A ofensiva-relâmpago das tropas ruandesas, coordenadas com as FADM, no distrito de Mocímboa da Praia, cuja vila-sede foi recuperada a 08.AGO após debandada dos grupos armados de inspiração islâmica activos na província de Cabo Delgado, perturbou os interesses económicos locais de parte da elite político-militar.
Vários altos oficiais do Exército serão responsáveis por, a par de persistente fugas de informação para os insurgentes, ligações a negócios ilícitos, como tráfico de drogas, e de ocupação de terras para posterior aquisição de direitos de utilização (DUATs) em áreas estratégicas próximo da zona reservada para infraestruturas de gás (complexo em Afungi), a fim de os comercializar.
Dentro da FRELIMO, a linha “dura”, nomeadamente o chamado “clã maconde” liderado por AC, manteve desde início hostilidade à eventualidade de forças estrangeiras se envolverem nos assuntos internos do país (AM 1295). O argumento invocado foi o de assegurar a soberania territorial do país, comprometida com a presença de forças estrangeiras, nomeadamente sul-africanas, no terreno. LER MAIS