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Moçambique: Estreito Controlo Francês Sobre Projectos de GNL

Na sua recente deslocação a Maputo, o CEO da Total PATRICK POUYANNÉ discutiu com o PR FILIPE NYUSI a situação de segurança na província de Cabo Delgado e do “hub” de Gás Natural Liquefeito (GNL) em Palma, em relação ao qual foi assinado entre o Estado e os dois consórcios promotores, representados respectivamente pela Total e ExxonMobil, um memorando conjunto - o único envolvendo ambos. Em resultado deste memorando, que estende a área reservada, o complexo de Afungi será protegido por c. 1.000 elementos, entre militares, polícias e alguns funcionários contratados pela Total.

Em aberto está também o reforço da segurança marítima no corredor Pemba-Palma. Os grupos armados de inspiração islâmica activos na região, embora utilizando apenas pequenos botes, têm vindo a atacar e a tomar algumas das ilhas nas Quirimbas, podendo comprometer a segurança da rota marítima para Palma.

Com o desenvolvimento da fase de construção do “hub” de GNL, a Total vai atingir o pico de mão-de-obra nos próximos meses. O efectivo militar destacado em Afungi vai escoltar ainda os trabalhadores locais que vivem fora do acampamento (AM 1261/ 1263). Particular fonte de preocupação em meios das FADM é a possibilidade de ataques à região de Palma, dada a possibilidade de atrasos nos trabalhos de construção das infra-estruturas dos dos projectos de GNL, que poderiam implicar um adiamento do início da produção (AM 1258).

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