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Moçambique: Insegurança em Afungi Motiva Frente-a-Frente Entre Total e Nyusi

A Total considera que não estão reunidas as garantias de segurança para a continuação do desenvolvimento do projecto, nomeadamente a conclusão dos trabalhos preparatórios (infraestruturas e habitações) e que compete ao Governo assegurar essas condições. Este será o tema central das negociações entre a multinacional e o executivo de FN, previstas para Maputo. 
O CEO da Total, PATRICK POUYANNÉ, esteve em Maputo em OUT.2020, para discutir com FN a situação de segurança na província e do "hub" de GNL em Palma, tendo assinado um memorando com o Estado com vista ao reforço da segurança na zona. Em resultado deste acordo, que estende a área reservada, o complexo de Afungi será protegido por c. 1.000 elementos, entre militares, polícias e alguns funcionários contratados pela Total. Em aberto está também o reforço da segurança marítima no corredor Pemba-Palma. (AM 1269).
A falta de soluções políticas do governo moçambicano para o conflito é outra das questões com que a liderança da Total quer confrontar o executivo de FN.
Perante a falta de entendimento com os países da SADC sobre um envolvimento efectivo no país e a eficácia limitada das intervenções militares da empresa militar privada sul-africana DAG, fontes do sector não vislumbram, no curto prazo, qualquer possibilidade de contenção do conflito sem que o governo admita o fracasso e apele ao apoio militar internacional.
Caberá a FN convencer a FRELIMO a ceder e a pedir ajuda internacional, o que poderá passar pelo envio de operacionais franceses e norte-americanos para o terreno, eventualmente com mandato das Nações Unidas. A França já manifestou a intenção de garantir a segurança no Canal de Moçambique, alargando igualmente o seu raio de acção no Índico, onde mantém a soberania sobre diversos territórios. O serviço de informações de segurança externa francês (DGSE) abriu recentemente uma delegação em Maputo. LER MAIS