A apreensão em meios do Governo pelo impacto da venda dos activos da multinacional brasileira Vale na queda das exportações/ balança de pagamentos é mitigado pelo facto de a empresa ter vindo a beneficiar de isenções e reduções de impostos significativas. A Vale SA, empresa de referência no sector mineiro, foi sempre protegida pelos sucessivos governos FRELIMO.
Já no Corredor Logístico Integrado de Nacala (CLIN), o estado moçambicano encaixaria cerca de USD 10 milhões/ ano de impostos e taxas. Ao longo do corredor coabitam vários outros interesses empresariais da elite política e económica, nomeadamente na Portos do Norte, sociedade anónima dirigida pelo empresário FERNANDO COUTO, associado a dois homens fortes do PR FILIPE NYUSI (FN) - ALBERTO CHIPANDE e RAIMUNDO PACHINUAPA. Outras figuras importantes da FRELIMO incluem ABDUL MAGID OSMAN, ex-ministro, JOSÉ MATEUS KATHUPA, deputado e porta-voz da Comissão Permanente da Assembleia da República.
Apesar de manter a previsão de investimentos para o aumento da produção da mina de Moatize nos próximos anos, confirma-se que a procura de um comprador está já em curso, privilegiando candidatos chineses e indianos, os dois principais importadores mundiais de carvão, prevendo-se que as negociações iniciais estejam concluídas no 1º semestre de 2021. LER MAIS