A degradação das condições de segurança em finais de DEZ.2020 e início de JAN.2021 levaram a Total a retirar o pessoal de Afungi e Palma para Pemba e Maputo através de uma série de voos fretados para o efeito (AM 1281). Em 18.JAN.2021, o próprio CEO da Total PATRICK POUYANNÉ deslocou-se a Maputo para uma reunião com o PR FILIPE NYUSI.
O tema principal da reunião, cujo ambiente é reportado como tendo sido tenso, foi a incapacidade do governo para assegurar a protecção do perímetro de segurança da península de Afungi (DUAT), que já tinha implicado um aumento significativo do número de efectivos das unidades especiais da Polícia e dos militares da Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM) destacados para proteger infraestruturas e trabalhadores nos projectos de GNL parcialmente pagos pela Total.
A eventualidade de não ocorrer uma melhoria significativa das condições de segurança em Cabo Delgado mantém em aberto a hipótese de utilização de Mayotte como “base social” para empregados e famílias. Este cenário seria especialmente crítico para as expectativas de Moçambique em matéria de atracção de investidores e de empresas sub-contratadas que poderiam optar por se instalar em território francês, acompanhando a decisão da Total em matéria de instalação do pessoal. Os benefícios administrativos, nomeadamente em matéria de mobilidade, são substancialmente mais vantajosos no arquipélago de bandeira francesa. LER MAIS