A decisão do Vaticano de retirar de Pemba o Bispo de Cabo Delgado, D. LUIZ FERNANDO LISBOA (LFL), foi especialmente influenciada por avaliações internas de acordo com as quais a sua vida estaria ameaçada por meios que, no interior do próprio regime, o tinham na conta de “indesejável”.
A própria Igreja Católica de Pemba foi-se gradualmente transformando num alvo das células armadas de inspiração islâmica activas na província, com a destruição de capelas e missões como aconteceu Nangololo, com a igreja do Sagrado Coração de Jesus invadida e destruída pelos insurgentes. Também em relação ao massacre de 52 jovens cristãos (“os mártires de Xitaxi”), em ABR.2020, assassinados por rejeitarem ser recrutados pelos insurgentes, o bispo procurou furar o boicote do Governo, que negou inicialmente o caso.
A acção de D. LFL acabou por ter efeitos no próprio Vaticano, levando o Papa Francisco a mencionar a situação em Cabo Delgado por mais do que uma ocasião. O Papa, informado sobre a situação humanitária, a ocupação de partes do território como Mocímboa da Praia, ou o desaparecimento de 2 freiras da Congregação Internacional das Irmãs de São José de Chambéry, referiu várias vezes Cabo Delgado nas intenções das suas homilias. LER MAIS