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Moçambique: Envolvimento dos EUA Ameaça Negócio de Empresas de Segurança

Moçambique: Envolvimento dos EUA Ameaça Negócio de Empresas de Segurança

A cooperação militar internacional e o reforço das FADM em equipamentos e meios de combate em Cabo Delgado serão dossiers prioritários para o novo Chefe de Estado Maior das FADM, Alm. JOAQUIM MANGRASSE (JM), escolhido pelo PR FILIPE NYUSI (FN) para suceder ao Gen. EUGÉNIO MUSSA (AM 1282). JM conta igualmente com novos chefes de Estado Maior no Exército (CRISTOVÃO CHUME) e na Força Aérea (C NDIDO TIRANO).
A assistência militar norte-americana vai desenvolver-se no campo da formação e treino de tropas – fuzileiros e pára-quedistas. A presença no país de empresas de segurança estrangeiras, vulgo de mercenários, decorre da colaboração que vêm prestando às FADM no combate à insurgência em Cabo Delgado. Foram contratadas por iniciativa do Governo; o seu pessoal, de origem sul-africana, tem formação militar. As reservas dos EUA em relação à sua presença no país é remetida para aspectos considerados obscuros da sua acção, mas também para a sua alegada cumplicidade com fenómenos de corrupção ligados à campanha operacional das FA em Cabo Delgado.
PR e chefias militares deram prioridade à contratação de empresas de segurança privadas - primeiro a Wagner (AM 1211), com ligações às Forças Armadas russas e Kremlin, e, mais recentemente, a sul-africana Dyck Advisory Group (DAG). Em ambos os casos registaram-se atritos com as FADM e o desdobramento de meios aéreos e peritos não travou o avanço de insurgentes, que pelo contrário têm vindo a consolidar posições, nomeadamente na costa da província.
Ao contrário de EM, conhecedor do terreno de Cabo Delgado por ter desempenhado funções como comandante da zona operacional do norte, o novo CEMG FADM, ex-chefe da Casa Militar do PR (CMPR), tem sobretudo qualidades de organizador, com bons conhecimentos teóricos, sendo considerado um militar “de gabinete”. LER MAIS