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Moçambique: Negócio de Segurança Privada Atrai Franceses

Moçambique: Negócio de Segurança Privada Atrai Franceses

O recurso a empresas militares privadas pelo Estado (Frontier Group, Wagner, DAG, Paramount) para actuarem em apoio às Forças de Defesa e Segurança na província alvo de ataques de grupos armados de inspiração islâmica abriu um precedente que despertou o interesse de vários "players" mundiais do sector. A presença francesa neste sector era esperada, face à posição-chave da Total, líder da Área 1 nos projectos de desenvolvimento de gás natural em Palma.
Em Cabo Delgado, a margem de manobra dos grupos insurgentes nas zonas alvo de ataques é alargada, e algumas mantêm-se sob o controlo dos mesmos. Na região de Palma, a situação é fluída, registando-se incursões ocasionais dos insurgentes e de militares. As FDS retiraram-se da vila, apesar da força de protecção do perímetro de segurança de Afungi ("site" de GNL) se manter no local em número situado entre os 1.000 e 1.500 elementos.
A instabilidade em Cabo Delgado e a ineficácia das FDS obrigaram o próprio CEO do grupo, PATRICK POUYANNÉ, a deslocar-se a Moçambique por várias vezes em 2020 e 2021. LER MAIS