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Moçambique: Bloqueio no Terreno Abre Espaço a Intervenção Externa

Moçambique: Bloqueio no Terreno Abre Espaço a Intervenção Externa

A relutância da FRELIMO em aceitar a assistência militar externa levou à beira do esgotamento a capacidade operacional das Forças de Defesa e Segurança (FDS) no Teatro Operacional Norte (TON), de Cabo Delgado. Logo a seguir ao grande ataque de 24.MAR à vila-sede de Palma, os comandantes militares emitiram um parecer dirigido ao comandante-em-chefe e PR FILIPE NYUSI (FN), no qual referiam que era inevitável a assistência militar para travar a expansão dos insurgentes, que iria crescer com o fim do contrato e a retirada da empresa militar privada Dyck Advisory Group do terreno (AM 1296). FN era favorável ao parecer militar, mas teve veto de alguns círculos conservadores da FRELIMO (AM 1297).
Nos três meses que se seguiram ao ataque de Palma, as FDS foram recuando aos seus redutos/bases por pressão dos grupos armados insurgentes de inspiração islâmica. Os militares limitaram-se a defender as suas bases dos ataques conduzidos pelos insurgentes e a realizar alguns bombardeamentos aéreos esporádicos em locais identificados como bases ou esconderijos de insurgentes, mas sem o correspondente desdobramento em terra para a captura dos combatentes. LER MAIS