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Moçambique: Descoordenação de Intervenções Militares Externas

Apesar da luz-verde da SADC, não foi ainda assinado o estatuto de força regional, uma formalidade necessária para o envio de uma Brigada composta por militares dos paises-membros. Na cimeira da Dupla Troika da SADC de 27.MAI (África do Sul, Moçambique, Botswana, Malawi, Zimbabwe e Tanzânia), os membros participantes não chegaram a qualquer posição comum em relação ao relatório técnico apresentado pela missão da SADC em Cabo Delgado de ABR., adiando a discussão para finais JUN. A missão da SADC propôs o envio de meios logísticos e tropas da marinha, força aérea e exército dos Estados membros da SADC, totalizando 3.000 militares, com carácter de urgência.
Conforme apurado, o estatuto de força foi assinado somente a 14.JUL. e enviado para o secretariado da SADC em Gaborone, apenas 1 dia antes do prazo para o envio do contingente. A demora, que criou e incerteza no envio da força, foi interpretado como intencional ao nível da SADC, traduzindo a prioridade ao envolvimento do Ruanda. O Governo, e o próprio FN, referiram em contactos formais e informais a necessidade de apoio a outros países, sem objecção da SADC, mas a chegada dos militares ruandeses surpreendeu os parceiros regionais. LER MAIS