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Moçambique: Desinvestimento e Corrupção Decisivos na Incapacidade Operacional das FADM

Os sinais de desmoralização tiveram efeitos práticos no terreno, com a débil ou inexistente resistência das tropas estacionadas em CD às ofensivas das células insurgentes, assinalados por ocasião da tomada de pontos estratégicos como Mocímboa da Praia e Palma. Para além da responsabilidade do Governo no desinvestimento em meios e equipamentos nos últimos anos, as FADM têm um número significativo de elementos desmoralizados nas suas fileiras, que auferem salários baixos e veem parte dos subsídios que deveriam compor o seu rendimento serem desviados por chefias militares, incluindo em Maputo. Num contexto sem transparência e mecanismos de prestação de contas, tornou-se frequente chefias militares desviarem meios financeiros colocados à disposição para a logística militar.

As FADM são dos poucos sectores do Estado que não se regem pelo e-SISTAFE (Sistema Electrónico de Administração Financeira do Estado), o que não permite um rastreio transparente da gestão dos fluxos financeiros, criando condições propícias a esquemas de corrupção e má administração. LER MAIS