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Angola : Tentações Autocráticas para Facilitar Fraude Eleitoral

O cenário de um reforço autocrático do regime é visto pelos mesmos meios de observação como consequência natural de “retrocessos democráticos” induzidos por decisões/medidas tomadas nos dois últimos anos – em geral já sob efeitos do “imperativo” de assegurar a sua sobrevivência num ambiente político-eleitoral considerado adverso.
A magnitude que a impopularidade do regime atingiu, incluindo características específicas do fenómeno, em especial a ousadia e o destemor notados em manifestações individuais e colectivas de camadas descontentes da população, levam os mesmos meios a considerar “pouco prudentes” propósitos de radicalização do regime como pano de fundo favorável à fraude eleitoral.
Sob pretexto da “renovação de quadros” e paridade de género, o número de membros do futuro Comité Central (CC) do MPLA aumentará de 497 para 693, com entrada de jovens (18-35 anos) e mulheres (346 candidatos e 347 candidatas, renovando 51% dos membros). A aprovação da resolução de alargamento do órgão saiu de sessão extraordinária do CC, presidida por JOÃO LOURENÇO (JL). O VIII Congresso do partido, 09-10.DEZ irá aprovar a candidatura presidencial de JL, desta vez por voto declarado (braço no ar) em vez de voto secreto. LER MAIS