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Moçambique: Parceiros da Área 4 do GNL Dependentes da Total, com Insegurança Persistente

A alteração do quadro externo foi importante para o adiamento da decisão final de investimento, inicialmente dada como certa em 2020. O facto da produção da Área 4 não depender exclusivamente do complexo de Afungi, que irá processar o gás proveniente de Mamba, retirou urgência a este projecto. A plataforma flutuante Coral Sul FLNG, já instalada, deverá produzir menos de 1/4 do estimado em Mamba e processado no complexo de Afungi (16 milhões de ton./ ano) através de uma capacidade de produção prevista de 3,4 milhões de ton./ ano, mas constitui ainda assim um início do retorno de parte do investimento ainda em 2022. Nenhum dos parceiros da Área 4 questionou até agora a continuidade do projecto, embora a FID se mantenha adiada, não devendo acontecer antes de finais de 2023.

A emergência de sinais de degradação da situação de segurança nos distritos de Mocímboa da Praia e a circulação de informações sobre a intenção dos grupos armados retomarem a actividade nos distritos de Palma e de Pemba estarão relacionadas com reforços provenientes de grupos 'jihadistas' de países da África central, como a RD Congo e o Quénia, em deslocação após o fim do Ramadão.

Apesar da melhoria das condições de segurança em Cabo Delgado, onde as zonas mais vulneráveis aos ataques dos grupos armados de inspiração islâmica estão actualmente circunscritas aos distritos de Macomia e Nangade, a Total, cujo CEO PATRICK POUYANNÉ se deslocou recentemente a Moçambique (AM Flash 105), impôs ao governo garantias de segurança acrescidas como condição para a retoma do projecto de construção do complexo de GNL em Afungi. LER MAIS