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EUA/África: Biden Olha para África

O reforço das relações com a África, preconizado pela nova administração de JOE BIDEN, tem em vista a criação de interesses e influências que permitam aos EUA competir directamente com a China nos seus esforços de implantação no continente. Considera-se que a China tem estado "demasiado à vontade" em África – o que afecta interesses norte-americanos, mas sobretudo do próprio continente. A corrupção a que as pouco criteriosas ajudas financeiras chinesas deram lugar agravou fenómenos como a má governação e a pobreza.

Com DONALD J. TRUMP na Casa Branca, os assuntos políticos africanos perderam relevância face às anteriores administrações (AM 1158), mas foram desencadeadas medidas agressivas tendentes a travar a perda de peso no continente face a China e Rússia, nomeadamente em Moçambique.

A decisão do Export-Import Bank (EXIM US) dos EUA de alargar o financiamento da operação do consórcio Mozambique LNG/ Área 1 em Cabo Delgado, antecipando-se a China e Rússia (AM Flash 80), conferiu ao projecto um estatuto central no esforço da administração de DT para inverter a tendência crescente de perda de influência dos EUA em África, face às intenções "predatórias" chinesas e russas no continente - conforme descrito em 2018 pelo ex-conselheiro de segurança nacional JOHN BOLTON. O secretário de Estado MIKE POMPEO (MP) criticou com frequência a China por ter fomentado o endividamento dos países africanos.

No caso de Angola, revelaram-se infrutíferos (AM 1214) múltiplos esforços da Presidência para assegurar uma visita do PR JOÃO LOURENÇO à Casa Branca, e até para um encontro com DT na ONU (AM 1214). Para aumentar o seu acesso a meios do Governo e empresariais dos EUA, a Presidência de JL recorreu a empresas de "lobby" (AM 1198), incluindo a Squire, Patton Boggs (AM 1205). LER MAIS