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Moçambique: Pressão Leva Nyusi a Apurar Eficácia Militar em Cabo Delgado

Moçambique: Pressão Leva Nyusi a Apurar Eficácia Militar em Cabo Delgado

As fragilidades que as forças governamentais (FDS) têm vindo a revelar nas suas acções de controlo da rebelião armada a NE do território, Cabo Delgado, levaram o PR, FILIPE NYUSI (FN), a proceder a "alterações de fundo" na composição do dispositivo até agora empregado, missão do mesmo (doutrina e métodos) e mudanças na cadeia de comando de forças.
A coincidência temporal entre a iniciativa de FN e o embaraço gerado pela pressão da Total indicia ainda uma tentativa do governo recuperar a imagem das FADM, na sequência dos mais recentes fracassos militares operacionais em Cabo Delgado (AM Flash 90) - com potenciais implicações sobre os prazos de conclusão dos projectos de gás natural, vitais para a recuperação económica e financeira do país - constantes violações de direitos humanos, deserções e furtos practicados pelas próprias FADM.
Informações dadas como verificadas indicam que terá sido por recomendação da ExxonMobil (companhia também envolvida na exploração de gás natural), que um enviado do Pentágono, ANTHONY TATA, se deslocou no princípio de JAN. a Maputo, com a missão de encorajar as autoridades a redobrar os seus esforços no combate à rebelião, fim para o qual os EUA estariam dispostos a ajudar Moçambique. Os EUA consideram a rebelião em curso no NE do território como uma "extracção do ISIS".
A contestação à preponderância da PRM cresceu igualmente entre as chefias militares e o lobby da etnia maconde (predominante em Cabo Delgado e com elevada influência sobre o actual PR, ele próprio maconde), que alimentaram a tese da "inconstitucionalidade" da situação até agora vigente em Cabo Delgado, e que competiria às FADM o combate às ameaças à soberania do país, como acontece com a insurreição por grupos armados de inspiração islâmica no NE. LER MAIS