A incapacidade denotada pelo Serviço de Informação e Segurança do Estado (SISE) no conflito de Cabo Delgado é crescentemente questionada em meios independentes da sociedade civil e oposição, que se encontram amiúde sob vigilância. As falhas apontadas ao SISE incluem a falta de informações e de operacionalidade desde o início da insurreição no N do país, incapacidade de previsão e desconsideração de avisos sobre a radicalização e crescente descontentamento na província, há vários anos.
Em vez disso, o foco têm sido as ameaças internas à FRELIMO, nomeadamente a RENAMO, e ainda engenharias financeiras envolvendo contratos como os das “dívidas ocultas” através de GREGÓRIO LEÃO e de ANTÓNIO CARLOS DO ROSÁRIO. Após o desaparecimento de AFONSO DHLAKAMA, presidente da RENAMO, e o afastamento de vários dos seus próximos pela actual direcção de OSSUFO MOMADE, o escrutínio sobre o movimento tem vindo a diminuir.
O papel do SISE não é geralmente questionado, assim como o predomínio de certos grupos externos ao serviço e ligados à FRELIMO e aos antigos combatentes, e o serviço continua a funcionar à margem de qualquer fiscalização política. LER MAIS