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Angola: Percepções de Instabilidade Política Afectam Investimento Externo

A capacidade de Angola para atrair investimento privado externo está a ser “muito prejudicada” por efeito de repercussões no exterior dos acontecimentos registados no Cafunfo (AM 1286), conforme avaliações de meios internacionais, políticos e económicos, que veem nas mesmas “potencial” para empolar percepções de instabilidade político-social.
A associação aos acontecimentos do Cafunfo, em especial o seu impacto externo, de tendências geradoras de cenários de instabilidade politico-social juntou-se a outros factores que já vinham prejudicando o ambiente de negócios no país e, em consequência disso, desestimulando o investimento privado externo.
Entre as “majors” do sector mineiro internacional considera-se que a legislação angolana é pouco favorável ao investimento privado quando comparada com as de países da região, entre as quais Zimbabwe, Zâmbia, e África do Sul. Nenhuma das referidas “majors” está implantada em Angola (AM Special Report 62), facto descrito como “insólito” tendo em conta o vasto potencial mineiro do território.
O ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, DIAMANTINO Pedro de AZEVEDO (DA), tem vindo a dar prioridade à parceria com a ALROSA, diamantífera russa accionista da Sociedade Mineira da Catoca, principal empresa mineira no país. A ALROSA pretende estender a parceria com a ENDIAMA também à mina do Luaxe (AM 1272).
O investimento privado externo em sectores da economia de Angola (agricultura, agro-indústria, minas, pescas, entre outros) cuja exploração é considerada vital para colmatar o vazio que declínio da produção petrolífera tende cada vez mais a alargar, é do tipo pequeno e médio – o mais exigente em relação à satisfação de condições capazes de o tornar seguro e rentável. LER MAIS