O actual governador de Cabinda, MARCOS NHUNGA (MN), é dado como estando “de saída”, apesar de gozar na população de aceitação considerada “muito superior” à de todos os seus últimos antecessores. A distinção é especialmente devida a uma gestão do cargo que sistematicamente privilegia a resolução de problemas que afectam a vida das populações – fornecimento de energia e água, saneamento, entre outros.
MN é geralmente reconhecido como um tecnocrata – espírito revelado em anteriores funções, incluindo a anterior, de ministro da Agricultura. O “relaxamento” político que lhe é apontado também é visto como reflexo de alegadas intenções de não evitar um campo que tem dividido a sociedade local.
Os governadores provinciais em Angola são simultaneamente líderes locais (primeiros-secretários) dos comités provinciais do MPLA. Esta função obriga-os a uma acção de cariz político-partidário que os conota claramente com o MPLA. Os benefícios que no período do partido único a junção de funções trazia aos governadores, converteram-se no actual ambiente de multipartidarismo em desvantagens que alguns evitam.
Está permanentemente estacionado no território um dispositivo militar e militarizado (este, as TGF) avaliado em c. 8.000 h, quase totalmente constituído por efectivos oriundos de outras partes do país (ovimbundo em especial). É igualmente considerado vasto o aparelho policial e de segurança, este aplicado em acções de controlo e vigilância da população, em especial indivíduos e colectividades consideradas politicamente suspeitas (AM 1253). LER MAIS