O protagonismo que informações do “inside” da política angolana conferem a FERNANDO MIALA (FM), em particular as que o identificam como uma das figuras do regime com mais influência junto do PR, JOÃO LOURENÇO (JL), aparenta estar a incomodar o próprio, devido àquilo que terá sido a sua vontade de “ficar resguardado” quando em 2018 foi reabilitado e assumiu a chefia do SINSE.
Para a vontade de FM de se “manter resguardado”, sobretudo no exercício da sua qualidade de chefe do SINSE, terão contribuído previsões de que a política angolana tenderia a adquirir uma certa normalidade com a chegada ao poder de JL. São associadas a essas previsões medidas de FM como uma reorganização do SINSE no sentido de o aproximar de padrões de funcionamento próprios de um clássico serviço de Intelligence.
A instabilidade crescente por que tem vindo a passar a política interna (AM 1290), viria, porém, a fazer regressar o SINSE ao antigo papel de “vigilante e guardião” do regime, com o respectivo ónus a recair em FM. A instabilidade decorre de factores como a crise económico-financeira em que o país se encontra, de consequências muito negativas no plano social, a contestação a JL e às suas políticas, a afirmação da oposição e o surgimento de divisões no regime. LER MAIS