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Moçambique: Ligações Partidárias a Empresas do Estado e Privadas Travam Economia

O BdM tem à sua disposição as reservas internacionais do Estado, correspondentes a 6 meses de importações, c. USD 4.000 milhões, que poderiam ser utilizadas no actual contexto de pandemia e descapitalização das empresas e da desvalorização do metical, mas a política monetária do governador do BdM, ROGÉRIO ZANDAMELA (RZ), tem sido inflexível nesta matéria.
Para além do peso crescente do serviço da dívida externa (20% do PIB em 2020), pesa sobre as finanças públicas o défice do sector empresarial do Estado, na sua maioria em falência técnica. O próprio ministro da Economia e Finanças ADRIANO MALEIANE (AM) defende a venda prioritária de empresas como a Empresa Moçambicana de Seguros (EMOSE), a Correios de Moçambique, a Silos e a Terminal Graneleiro da Matola, pequena parte do universo de empresas deficitárias públicas ou participadas pelo Estado, calculado em c. 70.
Uma nova auditoria ao sector empresarial do Estado está a cargo da consultora moçambicana Intellica, criada em 2007. A Intellica, comprada pelo Grupo NEF - liderado por NELSON MUIANGA, EUGÉNIO ABU-BACAR e FULGÊNCIO MATLOMBE - foi contratada por ajuste directo, no valor de EUR 342 mil, pelo Instituto de Gestão de Participações do Estado (IGEPE), do Ministério das Finanças, visando a venda de 10 empresas numa primeira fase. A Intellica tinha já elaborado o Plano Estratégico do IGEPE. LER MAIS