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Moçambique: Insurgentes com Iniciativa, Mobilidade e Capacidade de Infiltração das FADM

Moçambique: Insurgentes com Iniciativa, Mobilidade e Capacidade de Infiltração das FADM

O recente ataque a Palma é descrito em meios militares como resultado directo da falta de domínio do campo operacional dos novos comandantes das FADM. Tanto o Alm. JOAQUIM MANGRASSE (JM), o novo CEMG, como o Brig. CHONGO VIDIGAL (CV), recentemente promovido de Cor. e novo comandante do Teatro Operacional Norte (TON), têm conhecimento limitado do terreno.
O acesso pelos insurgentes a informação estratégico-operacional da fragilidade do Posto do Comando Avançado (PCA) de Palma foi um dos factores que permitiu o sucesso do assalto de 24.MAR.
Os insurgentes retiraram de Palma ao longo da semana, após terem destruído e saqueado a vila e provocado um número ainda indeterminado de mortos. A retirada foi planeada, face à improbabilidade de conseguirem manter o controlo do território, mas indícios apontam para a persistência de células armadas na proximidade de Afungi, com o objectivo de colocar pressão sobre as forças governamentais e sobre empresas sub-contratadas pelos operadores do gás natural.
A ocupação da vila-sede do distrito de Macomia estará nos planos dos insurgentes, confirmando-se assim a liberdade de manobra na região das Quirimbas. A disseminação da guerrilha obriga o governo a dispersar as FADM e a PRM/UIR por diversas regiões em simultâneo, tornando mais vulnerável a defesa do território. LER MAIS