As reações de empresários locais ao lançamento por CARLOS MESQUITA (CM), ministro da indústria e Comércio, do "Plano Nacional Industrializar Moçambique" (PRONAIMO) são cautelosas, face à existência de uma miríade de programas e agências com os mesmos objectivos e, em regra, com resultados muito modestos. O plano assenta em vários princípios gerais como a modernização do tecido produtivo e a atração de investimentos.
A iniciativa de CM é vista como uma "sobreposição" a outras iniciativas encetadas pelo seu colega de governo CELSO CORREIA (CC), ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural e braço direito do PR FILIPE NYUSI. Num governo considerado fraco por observadores internos e externos, CC tem vindo a acumular competências, destacando-se de muitos dos seus colegas pelo marketing político e controlo de um orçamento significativo, através da tutela de um conjunto de instrumentos financeiros significativos.
O anúncio de CM tem, segundo fontes consultadas, uma explicação essencialmente política. CM é membro do "núcleo duro" que sustenta FN no governo, ao lado de CC, de JOÃO MACHATINE e de MAX TONELA. As ofensivas mediáticas de CM pretendem também, segundo fontes consultadas, torná-lo menos dependente de FN e dissociá-lo de CC, assegurando um futuro político, complementar aos negócios, no pós-FN. LER MAIS