Apesar de EVARISTO CARVALHO (EC), tal como CARLOS VILA NOVA, serem uma extensão do poder de PATRICE TROVOADA (PT) - dada a sua falta de apoios próprios - o ambiente de crispação política e institucional que rodeia a eleição é particularmente propício a que a PR venha agora a constituir-se como um contra-poder ao Governo, usando até ao limite os poderes constitucionais de que dispõe, nomeadamente de veto a legislação. A utilização destes poderes deverá limitar fortemente a capacidade de actuação do Governo de JORGE BOM JESUS.
A crise institucional que antecedeu a segunda volta das eleições, só resolvida por EC - que com o aproximar do final do seu mandato foi revelando uma crescente independência política, inclusivamente motivando protestos da ADI e de PT - tenderá a repetir-se, com instrumentalização de instituições, nomeadamente tribunais, em benefício de interesses conjunturais de alguns dos grupos políticos em disputa. LER MAIS