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Moçambique: Dívidas a Empresas Brasileiras e Desinvestimento Aproveitam à China

Impulsionadas por relações pessoais e de “lobby” político, as relações entre o Brasil e Moçambique foram fortemente impulsionadas pelo ex-PR LUIZ INÁCIO LULA da SILVA (LLS) que visitou três vezes Maputo e que desenvolveu relações pessoais com diversos dirigentes da FRELIMO.
Vários dos negócios de entidades brasileiras em Moçambique acabaram entretanto no escrutínio público devido à falta de transparência das condições contratualizadas.
No domínio económico, o Brasil constou entre os principais investidores estrangeiros no país devido sobretudo à participação da Vale no projeto do Corredor Logístico Integrado de Nacala (CLIN), situação que se reverteu gradualmente com a suspensão de vários projectos de investimentos brasileiros e com a retirada da Vale do mercado moçambicano (AM 1284) – minas de carvão de Moatize e CLIN.
A construção da barragem de Moamba Major foi outro dos projectos entregues a uma empresa brasileira, a Andrade Gutierrez, com financiamento de USD 320 milhões pelo Banco Nacional de Desenvolvimento brasileiro (BNDES) e contrapartida local de USD 110 milhões. O BNDES avalia a possibilidade de que haja liquidação antecipada do contrato, com saldo das pendências e transferência das obrigações de crédito barragem para o China-Eximbank. LER MAIS